Acesse:

www.catarse.me/aparecidospoliticos

Este projeto pretende celebrar os 10 anos de existência do Coletivo Aparecidos Políticos a partir da publicação de um livro-catálogo e uma Exposição sobre a atuação deste grupo de arte ativista que tem focado seu trabalho na divulgação do que foi a ditadura militar brasileira e os seus resquícios na atualidade.

Somos um grupo de arte e política voltados na luta por memória, verdade e justiça relacionada ao período ditadorial (1964-1985) e seus resquícios na atualidade. Em outubro de 2009 presenciamos, emocionados, a cerimônia de velamento do corpo de Bergson Gurjão Farias, militante oponente da ditadura, encontrado depois de 37 anos. Ele era dado com desaparecido político e foi vítima dos militares. Um ano depois, em 2010, ao observarmos que nossa cidade possuia diversos prédios públicos e ruas com nome de ditadores, resolvemos criar um grupo que realizasse intervenções urbanas artísticas nesses locais, com intuito de divulgar uma memória que muitos queriam esquecer.

(Coletivo Aparecidos Políticos em visita à Argentina, junto ao Grupo de Arte Callejero na sede do HIJOS [Hijos por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio])

Os resquícios da ditadura militar ainda permeiam a estrutura política e social do país. É muito comum vermos nomes de ruas, logradouros e até escolas reverenciando, em seus nomes, ditadores. Algumas leis e práticas criadas naquela época ainda estão vigentes. Os mais de 454 mortos e desaparecidos políticos e a morte de mais de 8 mil indígenas em decorrência da ditadura, infelizmente, parecem não impressionar e são desconhecidos por boa parte da população, mesmo depois da criação da Comissão Nacional da Verdade. O pior de tudo é que ainda temos um presidente que idolatra os anos de chumbo e se sente a vontade para homenagear torturador em pleno Congresso Nacional. Sem contar os recentes pedidos de intervenção militar feito por um pequeno, mas perigoso, setor da sociedade.

Ao apoiar nosso projeto você dará suporte ao um grupo artístico que tenta trazer uma temática tão necessária de uma maneira inventiva que poderá ser replicada em diversos locais. Ao nos dar suporte você vai nos ajudar a mobilizar, principalmente, os mais jovens que não vivenciaram aqueles anos. A nossa publicação pretende mostrar exemplos de atuação política e artística em que a ideia do “nunca mais” se faça presente , seja nos muros, nas ruas e nas redes sociais.

(Intervenção Urbana do Coletivo realizada em Fortaleza-CE)

Nesses 10 anos de atuação temos realizado intervenções urbanas, transmissões de rádio, grafites, performances, exposições, oficinas, palestras, publicações, como o Minimanual da Arte Guerrilha Urbana e até a criação de um espaço cultural. Alguns desses trabalhos nos permitiu sermos homenageados pela Assembléia Legislativa do Ceará, recebido premiações de salões de arte, como Salão de Abril e contemplados em editais relevantes como dois da Fundação Nacional de Artes.

Além disso, realizamos um intercâmbio na Argentina e passamos por algumas cidades do país para divulgar nosso trabalho e realizar oficinas educativas. Sempre realizamos parcerias com familiares de mortos e desaparecidos políticos, ex-presos políticos e movimentos sociais. Nosso trabalho já incomodou tanto que até chegamos a sofrer intervenção de militares em uma performance nossa em um salão artístico além de sermos citados no site do torturador Brilhante Ustra, bem antes dele ser conhecido.

(Visita de jovens de Escola Pública a uma de nossas exposições)

Neste ano fomos contemplados no Edital de Patrimônio Cultural da Lei Aldir Blanc para publicações escritas. Receberemos a quantia de R$ 10 mil para realizar um livro. Porém, este valor cobre apenas as despesas com impressão, já que se trata de um livro-catálogo que possui muitas fotos coloridas e um acabamento mais complexo. Também pretendemos realizar uma exposição feita a partir do livro.

Ao recebermos o financiamento aqui do Catarse precisaremos contratar o serviço de projeto editorial, um designer, tratamento de imagem, um tradutor, revisão, assessoria de imprensa, além de um plano de distribuição e uma exposição em um Museu.

Por fim, usaremos parte da verba para a produção das recompensas, a campanha das redes sociais assim como captação e edição do vídeo de divulgação que você viu aqui.

Nosso livro será editado pela Editora Reticências, de Fortaleza-CE

(Depoimento do escritor e jornalista Mário Magalhães, biógrafo de Carlos Marighella, sobre os 10 anos do coletivo)

“O nome do coletivo também é muito original, que se chama o Coletivo Aparecidos Políticos. E é um coletivo que junta gente de vários estados do Ceará, aqui do nordeste, e que ensina o que? Ensina a arte de fazer política nas ruas” (Fernando Morais, escritor, jornalista e biografo)

“[o Coletivo] Pretende dar dica de atuação política e artística com uso da criatividade. Apoie você também essa iniciativa. Divulgue esse material e contribua com o projeto” (Iara Pereira Xavier, ex-militante da ALN [Ação Libertadora Nacional] e exilada política durante a ditadura militar)

“No período recente, após a aprovação da Comissão da Verdade e da Lei de Acesso à Informação, vemos surgirem novos atores sociais da agenda justransicional: os comitês estaduais pela memória, verdade e justiça, o “movimento quem?”, o “levante popular da juventude” e os “aparecidos políticos” são alguns destes novos atores.” (Paulo Abrão, Ex-Secretário Executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Marcelo Torelly, em artigo)

Conheça mais sobre o coletivo:

www.aparecidospoliticos.com.br

www.instagram.com/aparecidospoliticos

(Mapa cartográfico feito pelo Coletivo mapeando os locais de Fortaleza com homenagens à ditadores e torturadores)

Orçamento

Projeto Editorial – R$ 2.000

Designer – R$ 2.000

Tratamento de imagem – R$ 1.000

Tradução para Espanhol – R$ 2.500

Revisão – R$ 1.500

Recompensas (envio e produção) – R$ 1.500

Assessoria de Imprensa – R$ 1.500

Exposição em um Museu (10 anos e lançamento) R$ 2.790

Gastos com Catarse (13% que ficam com a Plataforma) – R$ 2.210

TOTAL: R$ 17.000

Deixe um comentário