Programa sobre a Ditadura Militar

Nesta sexta-feira (21/3) teremos a gravação do próximo programa, treatment que tem como tema “Os Cinquenta Anos do Golpe Militar”. Vamos discutir sobre um dois períodos mais relevantes da história recente do Brasil e entender quais as consequências disso em nossa sociedade. Para tratar do assunto contamos com a participação da deputada JÔ MORAES  (PCdoB/MG), que participou do movimento estudantil durante a ditadura militar e foi presa duas vezes e condenada à revelia pela Justiça Militar. Além da militância política no movimento estudantil, Jô atuou em diversos movimentos em prol dos direitos e emancipação da mulher, como o Comissão Pró-Federação de Mulheres de Minas Gerais (1982); Movimento Popular da Mulher de Belo Horizonte (1983); Conselho Estadual da Mulher – organismo governamental (1984)-, e União Brasileira de Mulheres (1989).

Nosso outro convidado é VITOR DE LIMA GUIMARÃRES, cientista político e o mais jovem assessor de todos os grupos de trabalho instituídos pela Comissão da Verdade que apura e investiga os crimes e violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. Além dele teremos também o ex-soldado da Polícia Militar do Ceará DARLAN MENEZES ABRANTES, que foi expulso da PM em janeiro de 2014 por praticar “atos que vão de encontro ao pudor e ao decoro da classe” ao criticar a corporação e distribuir internamente, para outros colegas de farda,  seu livro “MILITARISMO, UM SISTEMA ARCAICO DE SEGURANÇA PUBLICA”. Por último e não menos importante teremos como blogueiro o ALEXANDRE MOURÃO que é integrante do coletivo APARECIDOS POLÍTICOS, grupo que realiza intervenções em todo o Brasil para relembrar a truculência da repressão da Ditadura Militar. A música vai ficar por conta do rapper paulista Kamau, que está desde 1997 no cenário do rap nacional e acompanhou a expansão do estilo nos últimos tempos . Muita gente legal reunida não é? Então não deixe de conferir o programa e nossos posts sobre o tema!

Link: http://camaraligada.wordpress.com/2014/03/20/programa-sobre-a-ditadura-militar/

No Blog da Tv Câmara:

As manifestações de junho do ano passado entraram para a história como uma das maiores desde as “Diretas Já” e o “Fora Collor”. Mais de 80% da população apoiou os atos e boa parte, formada por jovens, foi às ruas gritar sua indignação perante a atual situação.Sem dúvida alguma, nós, parcela da juventude, estamos ocupando um espaço importante no espectro político. Isso quer dizer que estamos incomodando e esse incômodo tem gerado uma série de reações de setores conservadores da sociedade.

Muitos de nós sentiram o cheiro irritante dos gases lacrimogêneos, outros foram presos arbitrariamente, manifestantes tiveram materiais apreendidos, outros espancados e levados para delegacias sem nenhuma explicação. Houve até a morte de alguns manifestantes decorrente dos abusos da polícia (advindo, por exemplo, do excesso do uso de gás). Um dos maiores absurdos que ocorreu foi  o enquadramento de militantes na Lei de Segurança Nacional, criada na época da ditadura.

Necessário lembrar que a juventude de hoje nasceu durante ou depois do período de redemocratização do país, quando nossos pais e avós lutavam para que pudessem votar e exercer outras atividades políticas das quais hoje podemos usufruir livremente: escrever o que quiser nas redes sociais, publicar uma foto, criar um blog, marcar eventos e ter acesso a qualquer filme, jornal e música,etc. Precisamos valorizar e cultivar esses direitos adquiridos por milhares de pessoas que foram presas, morreram e desapareceram em anos atrás.

Somos a geração que levará a história de resistência da geração anterior.

Precisamos conhecer nosso passado para não deixar que ações autoritárias advindas de uma cultura violenta se repitam em nossa frágil democracia. Se ainda passamos por momentos que muito se parecem com os anos de chumbo é porque a democracia não foi aprofundada. Melhor: é porque ainda existem muito entulhos da ditadura de um país que ainda possui práticas escravocratas. Esses entulhos da ditadura militar são, dentre tantos: a militarização da Polícia e da Política, a forte concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucas famílias, o desaparecimento de vários “Amarildos” nas periferias, a criminalização dos movimentos sociais e a impunidade aos agentes de estados responsáveis por torturas, sequestros, desaparecimentos e assassinatos.

Fica a pergunta: se nosso país não fez justiça ontem, como queremos que haja justiça hoje?

Nesse sentido é que convocamos a toda juventude de grêmios estudantis, centros acadêmicos, diretórios estudantis, coletivos culturais, grupos de jovens religiosos progressistas, partidos políticos ou aqueles/as sem organização nenhuma a se expressarem durante a semana em que se completarão 50 anos do golpe militar (30 de março à 5 de abril). Praticamente todos os Estados brasileiros, em dezenas de cidades, já estão se mobilizando para dizer em alto e bom som: “ditadura nunca mais”.

Procure um evento na sua rede social, envie e-mails, mande mensagens pelos celulares a seus colegas e realize alguma atividade em sua cidade. Vamos juntos promover uma série de ações de rua pela memória de nossos mortos e desaparecidos, pela verdade dos crimes passados e por ações de justiça aos torturadores.

Procure um Comitê pela Memória, Verdade e Justiça de sua cidade para adquirir maiores informações ou entre no Blog  http://programacao50anos.blogspot.com.br/

Por Memória, Verdade e Justiça !

Para que não esqueça, para que nunca mais aconteça!

Coletivo Aparecidos Políticos

https://aparecidospoliticos.com.br

Juventude deve saber o que foi o golpe militar: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça

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