Os Aparecidos Políticos, ountamente com o Coletivo Curto Circuito, a partir de uma perspectiva da relação entre arte e política (ou artivismo) realizou, em Fortaleza (CE) uma série de intervenções urbanas no intuito de discutir questões concernentes ao direito à memória relacionado à atualidade.As ações, como parte da JORNADA PARA NÃO ESQUECER, foram realizadas nas mediações do centro da cidade, em espaços que carregam não somente concretos, ruas asfaltadas e prédios altos: um corpo urbano, mas em espaços que carregam o peso de conflitos, de pausas e gritos. Em cada ação o grupo escolheu um local que teve/tem relação com o período da Ditadura Militar (1964-1984)e fixou cartazes dos rostos de mortos e desaparecidos políticos.Os locais escolhidos foram: 

 

 

1) Em Frente à Casa do Estudante: Antônio Theodoro é um desaparecido político que já foi diretor daquele alojamento de estudantes universitários.

2) Seminário da Prainha: O Seminário da Prainha serviu e ainda serve de espaço para diversas reuniões e articulações de movimentos sociais. Na época da Ditadura foi também espaço para reuniões, principalmente de setores ligados à Igreja Progressista.

3) Corregedoria dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará: Uma espécie de ouvidoria da Polícia na qual trabalha José Armando Costa (ex-delegado da Polícia Federal), que é acusado de ser conivente com sessões de espancamento contra pelo menos cinco ex-presos políticos cearenses. A Associação 64/68 Anistia e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República já pediram a exoneração do cargo, por esse delegado ter sido, por exemplo, citado no texto da Arquidiocese de São Paulo (Brasil Nunca Mais) que relaciona ações de agentes do Estado brasileiro que obtiveram informações de presos políticos por meio da tortura física ou psicológica.

4) 23 Batalhão de Caçadores (Exército): tem a missão de garantir a lei e a ordem e os poderes constitucionais, formar reservistas para compor a reserva mobilizável. Na época não garantiu tais poderes constitucionais, pelo contrário, foi espaço de arquitetura do chamado Terrorismo de Estado.

Veja mais da programação em:  http://naoesquecerjamais.blogspot.com/

Coletivo Curto-Circuito:  http://coletivocurto-circuito.blogspot.com/

 

Programação da Jornada:

26/03 – Apresentação da peça – “Filha da Anistia” Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Horários:
11 hs – Peça
12 hs – Debate com Messias Pontes (Jornalista, ex-preso político, presidente em exercício da Associação 64 / 68 – Anistia)
20 hs – Peça
21 hs – Debate com Pedro Albuquerque (Sociólogo, advogado, ex-preso e exilado político, professor da Universidade de Fortaleza

28/03 – Grafite no Muro (Av. 13 de Maio) da Reitoria da UFC em Homenagem ao aniversário de Morte de Edson Luís

29/03 – Cine-debate com Exibição do filme “Cabra Cega” Local: Casa Amarela – 18hs
Debate: Ruth Cavalcante

30/03 – Debate sobre Ditadura e Gênero – CAFTA UFC
Local: Auditório – História UFC

31/03 – Lançamento da Campanha Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura da FEMEH com cine-debate do filme Zuzu Angel – 15h
Local: Auditório do Mestrado de História da UECE – Campus do Itaperi

 


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